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Mostrando postagens de março, 2009

Xapuri - Especial: 'Aniversário da Princesinha'

A memória dos primeiros anos de vida de Xapuri está ligado a uma dinâmica de penetração humana com apropriação de terras e à extração vegetal desenfreada, que trouxe com certeza os primeiros desbravadores para a região onde está localizada a cidade de Xapuri. Seu ponto focal de iniciação está associado ao cearense Manoel Raimundo, dono de todo o terreno onde hoje está assentada a cidade. A área foi transferida a João Damasceno Girão, em 1894, passando depois a propriedade de Benedito José Medeiros, em 1898. Da mesma forma, sua memória está muito ligada a instalação de grandes seringais, como também está ligada a fatos grandiosos da história acreana, pois foi testemunha de lances guerreiros de brasilidade, quando nos dias de agosto de 1902 a abril de 1903 foi berço da Revolução que culminou com a assinatura do Tratado de Petrópolis, anexando as terras acreanas ao Brasil. Foi capital do Estado Independente do Acre com Plácido de Castro, que enfrentou os bolivianos, arregimentando

A Cidade Guerreira

A cidade guerreira. É assim que Xapuri poderia ser chamada. Até porque, também pudera, seu nome advém de um povo por natureza belicoso, os Chapurys, tribo indígena que feneceu nas mãos dos primeiros exploradores, mas não antes de deixar seu legado: o nome do rio onde habitavam às margens e, consequentemente, o do município que surgia entre rios e florestas – Xapuri significa 'rio antes' ou, como muitos preferem, 'antes dos rios', dando um sentido mítico (e místico) ao lugar. É cidade guerreira porque é local de resistência que vai do período da Primeira Insurreição Acreana, passando pela Revolução Acreana, a prosperidade do comércio e exploração do seringueiro, declínio da borracha – sendo nessa época que ganhou o apelido de Princesinha do Acre por continuar produzindo e exportando, só que dessa vez suas brazilian nuts . A cidade guerreira viu chegar portugueses, árabes, sírios, libaneses, turcos, nordestinos, sulistas e tantos outros filhos que, independente de suas h

Xapuri

Fundada em 1883 com a chegada dos primeiros exploradores a região do Alto Acre, no final do século XIX, Xapuri era ainda um pequeno povoado com poucas casas e barracas que abrigavam cerca de 150 pessoas. A partir da década de 10, Xapuri teve uma vida econômica e sócio-cultural bastante agitada. Sua produção de borracha e sua população aumentavam continuamente. Foram construídas novas casas e instaladas a Intendência Municipal e outras repartições públicas. Enquanto nas colocações dos seringais as moradias eram constituídas apenas de uma barraca erguida no meio de uma clareira para abrigar o seringueiro, nas sedes dos seringais, como nas cidades, os casarões eram construídos seguindo modelos e utilizando matérias-primas importadas. A Rua do Comércio oferecia de tudo que seus clientes pudessem necessitar: comidas variadas, louças, calçados, tecidos, armas, medicamentos, bebidas, música e diversão. Nessa rua se localizavam também hotéis, barbearias, banco e "clubs" sociais. E fo

Princesinha do Acre

Xapuri, cidade que viu nascer os tempos do desbravamento da região, Revolução Acreana, a opulência vinda da extração do látex, o apogeu e o declínio da exploração da borracha, a devastação da floresta para a criação de pastos, os empates, a vida e a morte de Chico Mendes, e tantos outros líderes seringueiros que fizeram do Município um dos mais representativos do Estado do Acre. Entretanto, embora esses acontecimentos e as transformações que eles trazem ou provocam tenham tido enorme repercussão e significância no seio da sociedade xapuriense, nos últimos anos muitos dos aspectos que ilustram o cotidiano e a luta dos trabalhadores rurais estão se perdendo na memória coletiva das populações tradicionais. As fases anteriores da nossa história foram lentamente fugindo da memória da população. Por esses fatos surge o projeto “História Multimídia de Xapuri”. O presente projeto “História Multimídia de Xapuri” tem como objetivo resgatar, salvaguardar, digitalizar e divulgar a história de Xapu