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Mostrando postagens de junho, 2009

Festa no Seringal Cachoeira

Mês de Junho é significado de festas típicas em diversos lugares brasileiros e, evidentemente, na cidade de Xapuri não poderia ser diferente. Com muita música, danças e bebidas típicas o povo guerreiro da Princesinha se diverte e encanta com sua peculiar cultura junina, regada ao toque da sanfona, triangulo, zabumba e o conhecido violão. No festivo mês tudo é motivo para comemoração, e foi o que aconteceu no reencontro da família Monteiro de Oliveira no Seringal Cachoeira em Xapuri, no Acre, que há mais de 50 anos estava vivendo no Ceará, longe de parte de seus familiares que hoje residem na Princesinha do Acre - cujo paradeiro fora localizado graças à moderna internet. Para comemorar, uma festa no Seringal Cachoeira, onde tocaram nomes famosos como Monteirinho, Miguel Mendes (primo de Chico Mendes), Dito e Carrilho, enquanto os pares - homem com mulher a até mulher com mulher, típico dos seringais - bailavam animadamente para registrar sua alegria, como em um rito surreal do povo seri

Dona Vicência

Dona Vicência Bezerra da Costa nasceu em Alto Santo, no interior do Ceará em 20 de fevereiro de 1929 e veio para o Acre em 1943. Viúva de Raimundo Girão da Costa, um cearense, cabra arretado de bom que chegou a tirar bons saldos na labuta das estradas de seringa. Mãe de Francisco, Getúlio, Maria de Lurdes e Maria das Graças. Quanto aos netos e bisnetos ela somente sabe que já passaram dos 40. Dona Vicência, a experiente seringueira que montou o restaurante 'Tia Vicência' de comida caseira com sabor de seringal, em Xapuri, viveu quase 20 anos sem sair do seringal pois o marido, quando era preciso era quem ia fazer compras na cidade. A mulher franzina e um pouco adoentada devido a idade avançada esconde a guerreira da borracha que passou anos e anos de sua vida pelas estradas de seringa, trabalhando com afinco tão grande e de dar inveja a muitos marmanjos. Era seringueira na alma e no coração. Chegou mesmo a compor um hino aos soldados da borracha e a dar exemplo de que o seu tr

Sibéria: do outro lado do rio

O povoado Sibéria, constituído às margens do Rio Acre, foi assim denominado pelos seringueiros e seringalistas, que pertenciam ao Seringal Sibéria e que tinham a necessidade de um local para guardar seus animais e suas mercadorias enquanto resolviam seus negócios em Xapuri. Fizeram, então, por volta da primeira década do Século XX, à margem do Rio Acre, uma arrearia, espaço bastante grande, feita de madeira roliça e cobertas com palhas fechadas e outra parte de panos de paxiúba. As terras pertenciam ao Sr. Armando Braga, que residia em Belém-PA, vindo nas suas terras uma vez por ano. Essas eram doadas aos seringueiros que, por motivos diferentes, ali chegavam à procura de moradia. Era através do Sr. Raimundo Soares Cavalcante na época gerente do Seringal Bosque - que as terras eram transferidas aos seringueiros. Para fazer suas casas – de madeira roliça, fechadas de pano de paxiúba e cobertas com palha – os moradores deveriam obedecer algumas normas, como: após a residência construída