

É o famoso “20 de janeiro” de Xapuri, vindo gente de diversos lugares – seja dos seringais mais longínquos, de outras cidades acreanas ou mesmo outros estados brasileiros (isso se não contarmos com nossos vizinhos bolivianos e peruanos).
Dentre os visitantes estão devotos, simpatizantes de festas, jornalistas, além dos famosos “marreteiros” – vendedores que comercializam seus produtos em pequenas barracas de lona e pedaços de madeira, “atacando” aqueles que

passam, negociando sua mercadoria a diferentes preços, com cotação diferenciada (e que tende a cair consideravelmente ao longo dos dias).
Em 2012 as comemorações não foram diferentes. Para quem mora um pouco afastado do centro da cidade estranhava a quebra da rotina e do lado pacato, especialmente no dia 20, auge da festa dedicada ao Santo.
Fosse pela quantidade de pessoas nas ruas, com o trânsito fiscalizado pelos agentes do Detran, ou pelos adolescentes compondo os carros da procissão, os escoteiros, ou os pagadores de promessas, pelas comidas típicas da festa –

tacacá, algodão doce, além de outras delícias – ou a menina que se embalava constantemente em um balanço sobre uma poça enorme de água e lama, demonstrando enorme contentamento, a 110ª Festa de São Sebastião foi marcada por um brilho que ao mesmo tempo que é típico do “Vinte” ganhou algo particular este ano.
O que causou certo estranhamento foi que em meio a

toda aquela movimentação e ânimos que fugiam do cotidiano, havia algo que quebrava aquele cenário, funcionando como uma espécie de intervenção urbana – modalidade artística muito utilizada na contemporaneidade – simbolizado por uma rede. Isso mesmo. Uma rede estava atada entre duas árvores, na praça São Gabriel, em frente à Igreja matriz de onde sairia a procissão. menina que se embalava constantemente em um balanço sobre uma poça enorme de água e lama, demonstrando enorme contentamento, a 110ª Festa de São Sebastião foi

marcada por um brilho que ao mesmo tempo que é típico do “Vinte” ganhou algo particular este ano.
Chamando a atenção de quem por ali passava, ignorada por outros, foi um curioso elemento que abrilhantou a festa – embora o dono, procurado insistentemente por muitos minutos, desaparecera ou, como disse uma das pessoas que rodeavam o local: “devia de ser do Santo”.
Fotos (de Clenes Guerreiro):
*1 - A rede;
*2 - D. Valteíza (devota);
*3 - Adolescentes da Procissão;
*4 - Grupo de Escoteiros;
*5 - Menina no balanço;
*6 - Detran - Fiscalização;
*7 - Início da Procissão;
*8 - "Marreteiros";
*9 - Escultura de São Sebastião.
Comentários
É uma outra visão da festa do santo padroeiro da cidade.
Boas fotos, bom texto.
As fotos estão boas apesar de não conseguir abrir umas que parece está fixa.
É câmera profissional?
Obrigado.