Chico começou então a ajudar seu povo. Fazia reuniões, explicava a realidade das coisas e tentava organizar os homens e mulheres da floresta para acabar com a exploração dos patrões. Foi ameaçado e perseguido por isso. Pela primeira vez, Chico soube o que era sentir medo.
Foi quando surgiu o primeiro Sindicato de Trabalhadores Rurais do Acre. Logo a ideia se espalhou e outros sindicatos surgiram. A igreja se juntou à luta dos seringueiros e, nas cidades, muitos começaram a perceber que um drama se desenrolava nas matas acreanas. Chico foi preso e torturado, Wilson Pinheiro foi assassinado, Ivair Higino e outros seringueiros também tombaram sob a sanha dos pistoleiros.
Os índios e ribeirinhos se uniram aos seringueiros, dando origem à Aliança dos Povos da Floresta, e liderados por Chico Mendes fizeram ecoar no mundo que a floresta era sua causa e isso ninguém podia lhes tirar.
Mas seus inimigos eram muitos e poderosos.
E assim, ao entardecer do dia 22 de dezembro de 1988, Chico foi baleado e morto na porta dos fundos de sua casa... e os povos da floresta choraram.
Mataram Chico, o homem, mas não conseguiram matar seu espírito e sua luta.
Os inimigos de Chico foram derrotados por sua morte. As ideias que Chico defendeu impregnaram os corações dos homens de bem deste mundo e sua voz se fez ainda mais forte.
Hoje são muitos Chicos lutando e seu espírito guia os povos da floresta e nos lembra sempre que a floresta é nossa casa, nossa vida e nossa mãe e assim será para sempre.
Fontes de referência:
* Museu do Xapury;
Fotos:
*1 - Chico Mendes em um momento de descontração - acervo familiar;
*2 - Chico Mendes em uma de suas viagens - acervo familiar;
*3 - Chico Mendes e sua filha Elenira - acervo familiar.
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