Os períodos áureos
da Princesinha do Acre, em pleno auge da borracha, que durou até a segunda
metade do Século XX, fizeram o município ter características específicas,
mescladas com as influências vindas dos nordestinos, em sua parte intitulados ‘Soldados
da Borracha’, além de sírios e libaneses – entre muitos outros – fez do lugar
um palco de personagens da vida real que refletiam bem a sua época.
As mulheres
representavam um capítulo à parte nas particularidades que Xapuri apresentava: Enquanto
os seringais ofertavam a solidão da mata, levando a mulheres a necessidade de ajudar
a família em diversas atividades laborais, vestindo roupas simples – por vezes confeccionadas
por elas mesmo – as que vivam em seu entorno, isto é, na área urbana, se
apresentavam em diversas oportunidades sociais, políticas e culturais com
requinte e esmero.
As moradoras da
floresta tinham que adaptar sua vivência a uma simplicidade exigida pela dureza
das matas, e iam adaptando sua vida – em grande maioria difícil – ao bem de
filhos e maridos.

A moda da época,
ao mesmo tempo que emprestava certa distinção social também produzia
sensualidade, exageros e demonstravam questões econômicas que não cabem em um
pequeno texto.
A história das
mulheres que viveram nos seringais não é diferente de outras regiões
interioranas do Brasil. As que tiveram o privilégio de fazer parte da burguesia
em ascensão puderam aproveitar todos os benefícios do luxo e suas regalias. As
que não tiveram tanta sorte foram obrigadas a buscar diferentes formas de
reinventar a vida.
São diferentes
visões de uma época que não podemos alterar, mas que caracterizam um pouco da
cultura e tudo que nela está incluído na contemporaneidade, destacando a força
de todas as mulheres que pertenceram e ainda fazem parte da história da querida
Xapuri.
Fotos: Acervo Museu do Xapury.
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