
Uma das bebidas apreciadas – muito procurada por visitantes de diversos lugares do mundo – é a cajuína.
Moradores antigos como a saudosa D. Maria Cosson e D. Carmem Veloso aprenderam a fazer tanto os licores como a cajuína.
Mas como era produzida a apreciada cajuína?
Quem dá a receita é D. Maria Cosson:
Moradores antigos como a saudosa D. Maria Cosson e D. Carmem Veloso aprenderam a fazer tanto os licores como a cajuína.
Mas como era produzida a apreciada cajuína?
Quem dá a receita é D. Maria Cosson:
"... Primeiramente selecionávamos os cajus, depois despejávamos em um tacho, tirava as castanhas e cortava-lhes o fundo. Moendo-os em um moinho. Utilizávamos somente o caldo do caju, sem nenhum resquício de água. Fazia-se um fogo no quintal, onde se colocava um tacho, contendo cola em barra, quando ela se desmanchava talhava o caldo. Depois tirávamos do fogo, adoçava-se a gosto, partindo para o processo de filtração, usando sacos que vinham com açúcar, fazendo um formato de uma rede com uma parte de algodão no fundo da rede ( servindo de filtro ). Após a filtração, as garrafas já estavam prontas, ou seja, fervidas, passadas álcool e escorridas. No momento de encher as garrafas, filtravam novamente com algodão no gargalo, levando algumas horas para o enchimento das mesmas. Após cheias, lacravam com cortiças, por não existir tampas naquela época. Abrochavam com linhas para evitar que as mesmas não escapassem da boca das garrafas na hora da fervura, que dura, em média, três horas. Deixando-as esfriar na própria água, até o dia seguinte. Após frias, tirava-as de lá. (...) cortando as cortiças, passavam-se na boca das garrafas o breu derretido. Depois desse longo processo estavam prontas para serem consumidas...".
Ainda hoje utiliza-se o mesmo método tradicional, porém, são utilizados novos equipamentos em sua fabricação, como: prensas, máquinas para lacrar as tampas das garrafas etc..
A cajuína xapuriense é diferente da cearense, que é misturada com água. A nossa não apresenta nenhum resquício de água, sendo mais duradoura em sua conservação.
Segundo depoimento de D. Carmelita Veloso no processo de produção da cajuína há uma "ciência", por isso a presença de mulheres pode interferir em sua produção. D. Carmelita Veloso, é bastante cuidadosa:
"... Só trabalho de noite, porque de noite eu trabalho tranqüila, não dá vigia, porque mulher é bicho curioso e nem todas as mulheres podem olhar, porque ela fica barrenta que só água do rio. Eu já estraguei aqui foi muito balde de cajuína (...) tando menstruada não pode chegar perto, porque ninguém sabe: aqui tá boa e aqui tá ruim, homem pode olhar, qualquer um, mas mulher é bicho danado...".A cajuína xapuriense é diferente da cearense, que é misturada com água. A nossa não apresenta nenhum resquício de água, sendo mais duradoura em sua conservação.
Segundo depoimento de D. Carmelita Veloso no processo de produção da cajuína há uma "ciência", por isso a presença de mulheres pode interferir em sua produção. D. Carmelita Veloso, é bastante cuidadosa:
Apesar da demanda local pela cajuína ter diminuído ao longo do tempo muitos turistas vêm de diferentes e distantes lugares a procura da famosa cajuína de Xapuri!
Fontes pesquisadas:
* Inventário de Referências Culturais de Xapuri;
* Xapurys nº 1 – Dossiê História de Xapuri – UFAC. Xapuri, outubro de 1995.
Foto:
Comentários
Pense numa coisa boa!!!
Só não sei se embebeda. Quanto será que custa???
Bjo
Experimentei a muitos ano. Gostei!
Usamos o Blogger como fonte de referência (uma das).
Agradecemos muitíssimo!
Em nome de:
Nando
Roberto
Tairone
Prisley
Rachide
Ivoneide
Pompeu
Rua Benjamin constante per ta igreja São Sbastião