No dia 26 de
março de 1926, o jornal Folha do Acre deu início a uma série de publicações
sobre Xapuri. A perspectiva do periódico era demonstrar como a crise da
borracha afetara a mais promissora cidade do Território Federal do Acre. Em um
primeiro momento, o jornal destaca o “assombroso desenvolvimento do município”,
ocorrido entre os anos de 1905 a 1915:
"Xapuri
possuía luxuosos hotéis, boas padarias, dotadas de máquinas para produzir gelo,
e estabelecimentos comerciais exploradores de diversos negócios. Cassiano
Silva, cearense da Revolução Acreana, construiu o Hotel Casa Branca. Antônio
Dias de Oliveira, luso-brasileiro, muito concorreu para o progresso de Xapuri,
montando um estabelecimento com aperfeiçoados maquinismos (sic) que, por algum
tempo, forneceram luz elétrica à cidade. Augusto Maria da Rocha Neves e José
Nolasco Correia do Rego foram os maiores construtores de habitações em Xapuri.
Junto com Paulo de Moraes, construíram, em 1911, o Teatro Variedades,
incendiado de maneira criminosa, em janeiro de 1926. O Teatro, ao ser
instalado, possuía mobiliário com mais de trezentas cadeiras austríacas, e luz
elétrica própria".
Ainda sobre o
hotel e restaurante Casa Branca, consta no jornal Folha do Acre que se tratava
de um local montado com muito bom gosto, “rivalizando, pelo seu mobiliário e
decoração, com qualquer estabelecimento congênere existente nas capitais dos
estados do norte do Brasil” , fato que os proprietários faziam questão de
registrar nos anúncios publicados em jornais editados no Território.
Fotos:*Acervo Museu do Xapury.
Fotos:*Acervo Museu do Xapury.
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