Em 22 de
dezembro de 1988, sete dias depois de completar 44 anos, o seringueiro e
ativista ambiental Chico Mendes foi assassinado por um tiro de escopeta em
frente à sua casa, na cidade de Xapuri, no Acre. Naquele dia, o ativista estava
acompanhado por dois policiais responsáveis por sua segurança — que, de dentro
de casa, não conseguiram evitar o crime. Ameaçado meses antes, Mendes foi morto
pelo fazendeiro Darly Alves da Silva e seu filho, que planejavam transformar
numa grande propriedade o território que o ativista defendia. Nascido num
seringal no Acre, Chico Mendes era seringueiro desde os 12 anos e, nos anos
1970, chamou a atenção de fazendeiros por sua atuação no sindicalismo e por
liderar manifestações pela preservação da Amazônia — em um momento em que, a
fim de se expandir a agropecuária, o desmatamento começava a avançar na
floresta.
Quem foi
Chico Mendes
Seringueiro

Ambientalista
Como
sindicalista, Mendes passou a organizar manifestações de seringueiros para
impedir o desmatamento, que afetava seus modos de vida. Uma de suas táticas de
ação ficou conhecida como “empate”, forma de manifestação em que seringueiros
se colocavam à frente de uma área a ser devastada. Como contraproposta, ele
defendia a criação de reservas extrativistas, áreas protegidas e utilizadas de
forma sustentável para o trabalho dos povos da floresta. Diz-se que Chico
Mendes foi um dos precursores do ambientalismo no Brasil e da ideia de direitos
socioambientais — que relacionam a proteção ambiental com o bem-estar da
sociedade. Em 1977, ele recebeu o Prêmio Global de Preservação Ambiental da ONU
(Organização das Nações Unidas).
Político
Observado
por ativistas e conhecido por sua liderança local, sobretudo por extrativistas,
indígenas e outras populações da floresta, Mendes lançou-se à carreira política
em 1977, quando foi eleito vereador em Xapuri pelo MDB (Movimento Democrático
Brasileiro). Dois anos depois, usou o mandato para promover um foro de debate
entre lideranças sindicais, populares e religiosas na câmara municipal. Foi
acusado de subversão pela ditadura militar (1964-1985) e teve problemas no
próprio partido, que não tinha em sua agenda a causa ambiental. Em 1980,
participou da fundação do PT (Partido dos Trabalhadores) e chegou a se
candidatar a deputado duas vezes, mas não se elegeu. Depois, chegou a
participar de debates da Assembleia Nacional Constituinte referentes ao meio
ambiente, junto com outros militantes. Uma de suas companheiras na época foi a
política e ex-ministra Marina Silva.
Hoje, 22
de dezembro de 2018, completam-se 30 anos do assassinato de Chico Mendes. Mas
sua memória ainda vive no coração de seu povo das florestas amazônicas.
Chico
Mendes Vive!
Texto de Mariana Vick.
Link para a matéria: NEXO Jornal.
Foto 1: Homero Sérgio/Folhapress (1º maio/1988);
Foto 2: Miranda Smith/Miranda Productions Inc.
O legado de Chico Mendes, 30 anos depois de sua morte
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© 2018 | Todos os direitos deste material são reservados ao NEXO JORNAL LTDA., conforme a Lei nº 9.610/98. A sua publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia é proibida.
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O legado de Chico Mendes, 30 anos depois de sua morte
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