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Arte na Ruína recebe selo 'Prêmio Cultura Viva'

O Grupo Arte na Ruína, coordenado por Cleilson Alves, recebe selo Prêmio Cultura Viva.
Foram 1.974 inscrições, de 750 de cidades brasileiras, sendo selecionados apenas 120 para semifinal, onde o Arte na Ruína se encontra como único representante da categoria Grupo Informal do Estado do Acre. Para a próxima fase ficarão 40 finalistas.
As iniciativas classificadas como semifinalistas recebem o Selo Prêmio Cultura Viva, uma chancela de reconhecimento desenvolvida para dar visibilidade às iniciativas que se destacam no processo do Prêmio Cultura Viva.
Essa é a terceira edição do Prêmio Cultura Viva
e é dirigida a iniciativas desenvolvidas por gestores públicos, grupos informais, organizações da sociedade civil e Pontos de Cultura que realizam atividades no âmbito da articulação entre cultura e comunicação.
O Grupo Arte na Ruína vem atuando desde 2007, reunindo diversas manifestações artísticas como teatro e contação de histórias, artes plásticas, dança, música, com jovens entre 17 e 29 anos de idade. Seu principal espetáculo chama-se 'O ensaio surreal do Grito Sufocado' e é encenado dentro de uma delegacia velha, abandonada e em ruínas, há menos de 100m da Casa de Chico Mendes.
O trabalho começou quando passaram a ser impedidos de apresentar em diversos espaços públicos do município de Xapuri, passando a se reunir e apresentar em um espaço não-convencional, tendo visibilidade nacional no ano de 2008, quando foram selecionados pelo Programa Revelando os Brasis, do Ministério da Cultura, para gravar um documentário.
"O Selo Cultura Viva é mais uma importante vitória do Arte, pois possibilita uma visão ainda mais ampla dos acontecimentos artísticos da Princesinha do Acre, possibilitando a abertura de novas portas, dando uma verdadeira injeção de ânimo na cultura de Xapuri - que anda muito abalada ultimamente" - Diz Cleilson, o confiante coordenador dos jovens da iniciativa.


Prêmio Cultura Viva - Sobre a 3ª edição

Ao definir o tema Cultura e Comunicação para essa edição, procurou-se
estimular e dar visibilidade a iniciativas culturais que favoreçam a criação de situações comunicativas e a construção de espaços de diálogo, propiciando o reconhecimento e a divulgação do “saber fazer” das comunidades.

Busca-se destacar nessa edição as iniciativas culturais que estimulam a fluência comunicativa – a expressão, o compartilhamento de informações e conhecimentos – e o trabalho colaborativo como condições preciosas para o reconhecimento da influência das práticas culturais no processo de construção de identidades, convivência e desenvolvimento.

Assim, o Prêmio é dirigido a iniciativas culturais que:

• Apropriam-se dos meios de comunicação para a criação, a expressão ou a divulgação de suas práticas culturais;
• Fazem uso dos meios de comunicação para possibilitar o intercâmbio entre grupos, favorecendo o acesso e a troca de conteúdos culturais (relacionados às artes ou ao patrimônio cultural);
• Desenvolvem experiências de produção de conteúdos culturais em mídias variadas;
• Estimulam a criação de conteúdos culturais por diversos sujeitos coletivamente, de forma colaborativa;
• Propiciam experiências de tradição oral, com a transmissão de saberes e histórias que mantêm viva a memória de um grupo social.

No Brasil, diversas iniciativas culturais resultam dos saberes e fazeres de indivíduos e de grupos. Essas iniciativas constroem e vivificam a cultura em seus territórios; expressam a cidadania em ação, oferecendo oportunidades de ampliação do repertório cultural, de exercício da capacidade criativa, de participação na vida pública, de fluência comunicativa e domínio de outras linguagens. Por meio dessas iniciativas, muitas pessoas têm mais oportunidade e melhor acesso às riquezas da sociedade e ao reconhecimento pleno de sua cidadania.

Em algumas dessas ações, o objetivo é fortalecer identidades e o sentido de pertencimento social. Em outras, procura-se a formação para atividades culturais com perspectiva de sustento pessoal ou até mesmo de inserção no mercado de trabalho. Outras, que são o foco da 3ª edição do Prêmio Cultura Viva, propiciam formas de interação entre sujeitos e entre sujeitos e a sociedade, a divulgação de conteúdos culturais e/ou a troca de informações e conhecimentos, a partir de diferentes canais de comunicação ou de técnicas de transmissão de informação.

A comunicação influi nos processos de produção, difusão e consolidação das práticas culturais. E a cultura interfere na capacidade comunicativa dos indivíduos e grupos sociais. Ao estreitar a ligação entre comunicação e cultura, o Ministério da Cultura aponta para a necessidade de reconhecer e fomentar a diversidade cultural e de ampliar o acesso da população aos bens culturais e aos meios de comunicação.

O resultado dos selecionados para a final deve sair nas próximas semanas.
Mais informações podem ser obtidas clicando aqui.

Foto/Arte
*Selo Cultura Viva - Divulgação;
*Arte na Ruína - de Débora Mangrich.

Comentários

Thony Christian disse…
Parabéns aos jovens do Arte na Ruína pela iniciativa e a coragem de fazer muito mesmo com tão pouco.
Essa coragem é para poucos.
Parabéns, vcs orgulham nosso Acre.

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