O povoado Sibéria, constituído às margens do Rio Acre, foi assim denominado pelos seringueiros e seringalistas, que pertenciam ao Seringal Sibéria e que tinham a necessidade de um local para guardar seus animais e suas mercadorias enquanto resolviam seus negócios em Xapuri. Fizeram, então, por volta da primeira década do Século XX, à margem do Rio Acre, uma arrearia, espaço bastante grande, feita de madeira roliça e cobertas com palhas fechadas e outra parte de panos de paxiúba.
As terras pertenciam ao Sr. Armando Braga, que residia em Belém-PA, vindo nas suas terras uma vez por ano. Essas eram doadas aos seringueiros que, por motivos diferentes, ali chegavam à procura de moradia. Era através do Sr. Raimundo Soares Cavalcante na época gerente do Seringal Bosque - que as terras eram transferidas aos seringueiros.
Para fazer suas casas – de madeira roliça, fechadas de pano de paxiúba e cobertas com palha – os moradores deveriam obedecer algumas normas, como: após a residência construída, só tinham direito apenas a uma área restrita de três metros.
No início do século passado representava uma continuação, uma espécie de braço do seringal Bosque e do próprio seringal Sibéria, sendo somente a partir da década de 1960 seu efetivo povoamento e constituição de bairro urbano – fato que se deu lento e gradativo.
A vida cotidiana de muitos moradores resumia-se ao plantio e colheita de alguns legumes. As mulheres ajudavam seus maridos lavando roupa para fora e Mostrando, assim, que a vida econômica desse povo era difícil e muito precária.
Hoje, as pessoas já têm outras atividades econômicas, muitas delas comunitárias:açougue, fábrica de sabão que utiliza matéria prima da própria região, uma peladeira de arroz, uma cerâmica comunitária, um minimercado, além de outras atividades
autônomas, como bares e pequenas mercearias.
Com o passar do tempo a Sibéria conseguiu, com o esforço coletivo dos moradores e governos estadual e municipal, alguns benefícios urbanos em diversos aspectos como: melhoria do saneamento básico com distribuição de água tratada e canalizada para a maioria das casas, implantação de poços artesianos, luz elétrica em grande parte das residências e abertura e limpeza de algumas ruas com coleta de lixo residencial; transporte temporário para transportar os produtos dos pequenos agricultores, luta em favor da reforma e ampliação da escola de ensino Fundamental Madre Gabriela Nardi, informatização da Escola “Madre Gabriela”, implantação da escola de ensino infantil São João do Guarani e implantação na comunidade da maior escola comunitária de informática de Xapuri, com 20 microcomputadores; criação do açougue comunitário, da beneficiadora de arroz, implantação de hortas comunitárias, mercado da Sibéria; construção do Centro Comunitário “Reginaldo Fernandes”, implantação da biblioteca comunitária, além de uma vasta programação cultural que acontece durante o ano: festa da mães, festas juninas, festa dos aniversariantes do mês, aniversário da Sibéria, festa de final de ano e Natal; construção e implantação do posto policial.
O presidente do Bairro Sibéria chama-se João Jorge Cosmo da Silva, que organiza e apresenta o aniversário do local – a festa inicia-se no dia 10 e vai até 14 de junho, comemorando os 22 anos de formação da Associação dos Moradores do Bairro Sibéria, com uma vasta programação cultural que atrai pessoas do próprio município, das cidades vizinhas e até mesmo de outros países. O objetivo é angariar fundos para o desenvolvimento do local.
E assim é a “Sibéria do outro lado do rio”... lugar de pessoas batalhadoras, sonhadoras, motivadas pelo amor à sua terra.
As terras pertenciam ao Sr. Armando Braga, que residia em Belém-PA, vindo nas suas terras uma vez por ano. Essas eram doadas aos seringueiros que, por motivos diferentes, ali chegavam à procura de moradia. Era através do Sr. Raimundo Soares Cavalcante na época gerente do Seringal Bosque - que as terras eram transferidas aos seringueiros.
Para fazer suas casas – de madeira roliça, fechadas de pano de paxiúba e cobertas com palha – os moradores deveriam obedecer algumas normas, como: após a residência construída, só tinham direito apenas a uma área restrita de três metros.
No início do século passado representava uma continuação, uma espécie de braço do seringal Bosque e do próprio seringal Sibéria, sendo somente a partir da década de 1960 seu efetivo povoamento e constituição de bairro urbano – fato que se deu lento e gradativo.
A vida cotidiana de muitos moradores resumia-se ao plantio e colheita de alguns legumes. As mulheres ajudavam seus maridos lavando roupa para fora e Mostrando, assim, que a vida econômica desse povo era difícil e muito precária.
Hoje, as pessoas já têm outras atividades econômicas, muitas delas comunitárias:açougue, fábrica de sabão que utiliza matéria prima da própria região, uma peladeira de arroz, uma cerâmica comunitária, um minimercado, além de outras atividades
autônomas, como bares e pequenas mercearias.
Com o passar do tempo a Sibéria conseguiu, com o esforço coletivo dos moradores e governos estadual e municipal, alguns benefícios urbanos em diversos aspectos como: melhoria do saneamento básico com distribuição de água tratada e canalizada para a maioria das casas, implantação de poços artesianos, luz elétrica em grande parte das residências e abertura e limpeza de algumas ruas com coleta de lixo residencial; transporte temporário para transportar os produtos dos pequenos agricultores, luta em favor da reforma e ampliação da escola de ensino Fundamental Madre Gabriela Nardi, informatização da Escola “Madre Gabriela”, implantação da escola de ensino infantil São João do Guarani e implantação na comunidade da maior escola comunitária de informática de Xapuri, com 20 microcomputadores; criação do açougue comunitário, da beneficiadora de arroz, implantação de hortas comunitárias, mercado da Sibéria; construção do Centro Comunitário “Reginaldo Fernandes”, implantação da biblioteca comunitária, além de uma vasta programação cultural que acontece durante o ano: festa da mães, festas juninas, festa dos aniversariantes do mês, aniversário da Sibéria, festa de final de ano e Natal; construção e implantação do posto policial.
O presidente do Bairro Sibéria chama-se João Jorge Cosmo da Silva, que organiza e apresenta o aniversário do local – a festa inicia-se no dia 10 e vai até 14 de junho, comemorando os 22 anos de formação da Associação dos Moradores do Bairro Sibéria, com uma vasta programação cultural que atrai pessoas do próprio município, das cidades vizinhas e até mesmo de outros países. O objetivo é angariar fundos para o desenvolvimento do local.
E assim é a “Sibéria do outro lado do rio”... lugar de pessoas batalhadoras, sonhadoras, motivadas pelo amor à sua terra.
Fontes de referência:
*Dossiê História de Xapuri – Boletim nº 1 – alunos de História da UFAC de Xapuri – Out/1995; *Livro Madeira que Cupim não rói - de Ana Lúcia Costa;
Fotos:
*1 - Igreja Nossa Senhora das Dores, Bairro Sibéria - Dhárcules Pinheiro;
*2 - Seringal Sibéria, em 1906 - Acervo Museu do Xapury;
*3 - Detalhe Sino da Igreja N.S. das Dores, Bairro Sibéria - Dhárcules Pinheiro;
*4 - Porto da catraia, ligação do Bairro Sibéria - Dhárcules Pinheiro.
Comentários
Pena que não pude ir para a festa esse ano.
A Sibéria merece respeito!